A menos de 60 dias para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2017, os professores da rede estadual intensificam a revisão de conteúdos das diferentes áreas do conhecimento, em especial a redação, que é uma das provas mais importantes e, consequentemente, uma grande preocupação dos alunos que vão se submeter ao exame, marcado para os dias 5 e 12 de novembro.
Um texto bem feito, garantem os especialistas de Educação, é decisivo para a conquista de uma vaga no Ensino Superior. Para isto, o estudante está sendo motivado a revisitar assuntos gramaticais essenciais para a escrita adequada, dentro da linguagem normativa. Escrever com visão crítica e defender o seu ponto de vista com bons argumentos, sem fugir do tema solicitado e do formato, que é o de dissertação-argumentativa, além de respeitar os valores humanos e a diversidade sociocultural, são questões indispensáveis para a elaboração de uma redação.
A professora Márcia Bonfim, de Língua Portuguesa e Redação do Colégio Aplicação Anísio Teixeira, na Paralela, em Salvador, chama a atenção para a importância da leitura para uma boa redação. “A leitura é a base de tudo, tanto a literária como a de jornais e revistas, que proporciona aos alunos subsídios na hora de discorrer o tema pedido, além de aumentar o vocabulário”.
Um dos itens que mais preocupam os estudantes, aliás, é o tema da redação. O importante, neste sentido, de acordo com os especialistas, é que os candidatos estejam inteirados com os assuntos atuais, como intolerância religiosa e violência contra a mulher, assuntos que muito discutidos na mídia e nas redes sociais nos anos em que foram cobrados pela prova do ENEM. “É preciso estar atento a tudo que está acontecendo no país e no mundo. Uma dica é acompanhar os telejornais e ler jornais e revistas científicas, por exemplo”, afirma a professora.
O conhecimento da gramática é outro ponto fundamental para a realização de um texto adequado. “É preciso levar em conta as regras estabelecidas pelo chamado Novo Acordo Ortográfico, que trazem mudanças na acentuação e na grafia de vocábulos. Outra coisa que costumo enfatizar com meus alunos diz respeito ao uso da norma culta. Por conta das redes sociais, com sua linguagem cheia de palavras abreviadas e de emotions, o estudante tem que estar atento para não repetir esse mau hábito na redação”, enumera.
A prática da escrita é uma orientação que está sendo seguida pela estudante Beatriz Arraes, 17 anos, 3º ano. “Além de escrever duas redações por semana e buscar corrigir os erros cometidos, presto bastante atenção nas aulas, nas dicas que a pró Márcia nos dá em sala de aula e tenho lido mais. Estou me esforçando bastante, porque pretendo entrar em uma faculdade pública de Medicina”, conta.
O colega Felipe Argolo, 18, 3º ano, também revela que intensificou os estudos, especialmente em redação. “Tenho uma tia que me incentiva muito a escrever e fica no meu pé para que eu esteja atualizado para que venha a fazer um bom texto. Vou fazer para Direito e sei que a leitura é fundamental, tanto para entrar na faculdade, como no decorrer desse curso”.
Fonte: Portal da Educação